Wagner diz que os policiais grevistas estão “abusando” de sua “boa vontade”

 Wagner diz que os policiais grevistas estão “abusando” de sua “boa vontade”

O governador da Bahia, Jaques Wagner, disse na quarta-feira (16/4) que os policiais grevistas estão “abusando” de sua “boa vontade”.

gov wagner a“Os policiais militares nem podem ter sindicato, tanto que são associações que estão se manifestando. Mas não sei se essa vivência democrática do governo permitiu que eles fizessem a greve, pela segunda vez em dois anos”, disse o governador, que não citou seus antecessores no cargo, mas deixou nas entrelinhas algumas alfinetadas aos antigos pefelistas, atuais democratas. “Eu nunca fechei as portas para negociação. Quem fechou foram eles. Talvez seja a falta de costume em negociar, porque negociação demora e eles sem demorar optaram pela greve. Pode ser que eles [grevistas] estejam confundindo diálogo e negociação com falta de autoridade, até porque antes o estado era tocado de outra forma”.

Wagner advertiu que “a democracia não é o território sem lei, é o império da lei. O limite da autoridade é a lei. No item soldados e cabos, tirando Brasília, que tem recursos da União, somos o quinto em remuneração, e nos outros itens ficamos entre décimo e décimo primeiro lugar. Tem sido assim nos últimos anos”.

Se o governador questiona uma eventual confusão feita pelos grevistas entre diálogo e falta de autoridade, o procurador-geral de Justiça e chefe do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Márcio Fahel, disse que a chegada das Forças Nacionais no estado pode levar alguns policiais grevistas para a prisão, “sem negociação”.

“Constitucionalmente, a Polícia Militar não pode fazer greve. Há punições a serem estudadas. Acompanharemos tudo e daremos os ajuizamentos necessários. A prisão é a principal delas”, ressaltou.

Perguntado se a possibilidade de prisão acirraria os ânimos entre PMs e Força Nacional, Fahel diz não temer retaliação de nenhuma das partes. “O caminho do consenso é necessário, mas as providências legais precisam ser tomadas”, refletiu.

bahia.ig.com.br

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