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Lídice critica promessa de Rui de contratar policiais e defende ‘política de segurança pública’
A candidata ao governo estadual Lídice da Mata (PSB) criticou, em convenção da legenda no sábado (14), a proposta do adversário Rui Costa (PT) de contratar 40 mil policiais caso seja eleito em outubro. Ela defendeu o projeto adotado em Pernambuco durante a gestão do ex-governador Eduardo Campos (PSB), atual candidato à Presidência também presente no evento, que teria conseguido reduzir os índices de criminalidade no estado.
“Não é fazer o que meu adversário [Rui Costa] está dizendo, que vai contratar 40 mil policiais, porque o atual governo já contratou 13 mil, já comprou bala, já deu mais carros para a polícia e o crime continua aumentando”, disse, em discurso aos militantes. Lídice defendeu uma “política de segurança pública” e não ações pontuais. “É preciso construir uma rede forte de segurança social para proteger os adolescentes das nossas periferias abandonados. E não podemos fazer isso apenas dizendo que vamos dar escola, saúde e esporte, porque é área pobre. Isso nem é política de segurança pública nem de educação, porque os dois são direitos”, justificou. Ainda com enunciado dirigido oponentes, alegou, sem citar nomes, que nenhum deles representa “o novo”. “Todo mundo está dizendo que é novo na eleição da Bahia. Até o mais velho, o que já foi governador duas vezes, está dizendo que tem proposta nova para a Bahia. O outro acha que é novo, porque é cronologicamente, na idade. E tem um outro que pensa que é novo, porque faz papel de radical no meio da rua. Ser novo é apresentar as ideias novas para governar o nosso povo”, afirmou.
PSB oficializa chapa puro-sangue para concorrer às eleições na Bahia
O PSB confirmou a chapa puro-sangue que vai concorrer às eleições deste ano na Bahia. A senadora Lídice da Mata foi escolhida para governadora, o ex-prefeito de Brumado (sudoeste) Eduardo Vasconcelos para vice e a ex-juíza Eliana Calmon para o senado foram homologados nos principais cargos em disputa. O evento contou com as presenças de Eduardo Campos e Marina Silva, respectivamente, candidatos a presidente e a vice-nacional da agremiação. Como representante do PSL, o deputado estadual Deraldo Damasceno firmou o apoio da sigla aos socialistas baianos.
Ainda no evento que aconteceu no Bahia Café Hall, na Paralela, compareceram o ex-secretário de Turismo do Estado, Domingos Leonelli, o deputado estadual Capitão Tadeu, e o vereador Sílvio Humberto, entre outros correligionários de Lídice.
‘Apoio não se nega’, diz Lídice sobre possível aliança com João Henrique
A senadora Lídice da Mata (PSB) afirmou, em entrevista ao Bahia Notícias, que ainda não conversou com o ex-prefeito de Salvador João Henrique (PSL) sobre a anuência em torno da sua candidatura a governadora, durante a convenção de sábado (14), quando o PSL confirmou que integrará a coligação no estado, em seguimento à união nacional. “Eu não sei o que [o apoio] significa em relação a João Henrique, porque ainda não conversei com ele. O PSL é um partido que apóia Eduardo Campos e Marina [Silva] para federal e que nos apóia aqui. É uma aliança construída no país inteiro. Apoio não se nega. O que estamos construindo é aliança política, em cima de um programa claro e de uma condução política clara”, disse. O PSL foi representado, no evento, pelo deputado estadual Deraldo Demasceno. Após não obter sucesso nas tentativas de coligação com o PV e o PPS, ambos ao lado do adversário ao Palácio de Ondina Paulo Souto (DEM), e só ter conseguido o apoio de uma sigla, Lídice falou à militância, em discurso na convenção, que eles não estão sozinhos. “É tanta gente que está aqui e ainda insistem em dizer que estamos sozinhos. Nós não estamos sozinhos, temos aqui prefeitos, lideranças políticas, aqui e ali, para dar sustentação às ideias políticas que estamos apresentando ao povo da Bahia”, justificou. Ela elenca vantagens e desvantagens com o pouco apoio já recebido. “É uma desvantagem por conta do tempo de TV, mas é uma vantagem porque nossas mãos estão livres e independentes para fazer o governo que nós queremos. Somos livres para construir o governo com os técnicos e com os políticos de partidos que nós reconhecemos com capacidade para governar e administrar nosso estado. Sem o compromisso de permanecer em cada secretaria porque o partido B ou C está na base do governo. Partido B ou C indica no nosso governo, mas quem mantêm o governo é o alcance da meta decidida pelo nosso programa e pelo nosso governo, e não as alianças conduzindo o processo da administração pública”, defendeu a parlamentar.
Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias