Prefeitura suspende atividades, em decorrência da infecção de servidores pela covid-19
INTEGRAÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO MUDA CENÁRIO DO SEMIÁRIDO
A presidenta Dilma Rousseff visitou na quinta-feira (21) os municípios de Floresta e Cabrobó, em Pernambuco, para vistoriar o andamento da obra de Integração do Rio São Francisco, a principal obra de infraestrutura hídrica em execução no país. Dilma explicou que a integração beneficia 12 milhões de brasileiros em oito estados brasileiros e muda radicalmente o cenário do semiárido nordestino.
“Você não escolhe se vai ter seca ou não, isso é uma questão da natureza. Mas você escolhe se convive ou não com a seca. Não temos ainda poder de acabar com a seca, mas temos toda a tecnologia para conviver com ela”, destacou a presidenta. A integração do São Francisco é uma obra de alta complexidade que se integra a diversas outras no Nordeste, para levar água à população.
Ao mesmo tempo, estão em andamento, em parceria com os oito estados a serem beneficiados, obras que compõem o conjunto da integração do rio São Francisco: no Ceará, o Eixão das Águas e o Cinturão das Águas; no Piauí, Adutora de Piaus e Adutora de Bocaina; em Alagoas, o Canal do Sertão Alagoano; na Bahia, a Adutora do Algodão e a Adutora do Feijão; em Pernambuco, Adutora do Pajeú (fases 1 e 2) e Adutora do Agreste; na Paraíba, Vertentes Litorâneas; e no Rio Grande do Norte, Adutora do Alto Oeste. Para cada real investido pelo governo federal na Integração, os estados nordestinos aplicaram outros três reais.
“Estamos fazendo aqui não só a Integração do rio São Francisco, das Bacias. É a perenização de mil quilômetros de rio”, destacou Dilma. O investimento total alcança R$ 32 bilhões, R$ 8,5 bilhões apenas na Integração, que é a obra mais importante por permitir que as demais obras, mesmo aquelas que não são vinculadas diretamente a ela, garantam o objetivo principal, a segurança hídrica para o semiárido: “O fato é que isso mudará o Nordeste brasileiro para muito melhor. Chova ou faça sol, nós teremos água aqui”.
Cisternas
Ao falar sobre a grandiosidade da obra, a presidenta revelou que ela foi pensada primeiramente por Dom Pedro II, mas que não havia ainda tecnologia disponível para sua execução. A obra é tão complexa que envolve não apenas os canais para passagem da água, mas outros itens como a Estação de Bombeamento de Cabrobó, que vai elevar a água em 36 metros para superar a geografia do terreno, o Túnel de Cunca 2 (em Pernambuco) e o Canal de Jati, no Ceará.
Envolve, ainda, outras duas estações de bombeamento, que vão elevar a água em outros 164 metros em relação ao leito do rio, permitindo que ela corra com a gravidade para os demais locais; 27 reservatórios, que vão abastecer vilas e comunidades por onde passam os canais, controlar a quantidade de água a ser despejada nos rios e ainda, no caso dos reservatórios maiores, gerar energia a ser utilizada nas estações de bombeamento do projeto; seis barragens; ampliação de um açude e do reservatório do Jati, que terá 28 milhões de metros cúbicos de água e abastecerá Fortaleza e a região do Cariri.
Ao detalhar o tema segurança hídrica, Dilma comemorou o alcance da meta de um milhão de cisternas instaladas na região do semiárido (somando os governos do presidente Lula – 350 mil – e de Dilma – 670 mil). São cisternas de água para consumo humano, com 16 mil litros de água, e para produção e outros usos (como regar plantações e alimentar rebanhos), com 60 mil litros. Todas as unidades somadas equivalem a 20 bilhões de litros de água, 10 vezes a “caixa d’água” de São Paulo em um ano.
O investimento em segurança hídrica inclui também a Bolsa Estiagem, o Seguro Garantia Safra e a operação dos carros pipa para enfrentar os efeitos da seca. “Acabamos com a história de o carro-pipa virar instrumento político, porque colocamos o Exército Brasileiro para supervisionar a operação”, detalhou a presidenta. Além disso, também foi oferecido milho subsidiado para a região, para reduzir o impacto da seca na alimentação dos rebanhos.
Atrasos
Depois de apresentar os números que envolvem o enfrentamento à seca no Nordeste, a presidenta conversou com jornalistas que acompanham sua agenda. Ao ser questionada sobre atrasos nas obras, Dilma revelou que houve dois fatores de impacto: a curva de aprendizado para realizar obras de grande porte, já que há mais de três décadas o país não executava obras de grande porte, e a própria complexidade dos empreendimentos.
“Só não atrasa obra quem não faz. Aqueles que nunca fizeram obra no Brasil, que nunca deixaram obras planejadas, são aqueles que nunca atrasaram”, destacou a presidenta, que detalhou a informação: entre as quatro principais usinas hidrelétricas do país (Itaipu, Belo Monte, Tucuruí e o complexo Santo Antônio-Jirau), duas (Belo Monte e Santo Antônio-Jirau) foram feitas nos governos petistas.
Autor: Equipe Dilma Rousseff