Governo do Estado utiliza Notas Fiscais Eletrônicas para ajustar preços das compras públicas.

 Governo do Estado utiliza Notas Fiscais Eletrônicas para ajustar preços das compras públicas.

As Notas Fiscais Eletrônicas (NFE) começam a ser utilizadas pelo Governo do Estado como parâmetro para composição de preços referenciais utilizados nas compras públicas. Resultado de ação conjunta das secretarias estaduais da Administração (Saeb) e da Fazenda (Sefaz), a medida evita aquisição de produtos e contratação de serviços cotados com valores acima dos praticados no mercadonota fiscal eletronica

De acordo com a Saeb, a composição de preços referenciais mais justos a partir das NFE já foi adotada, inclusive, para definir os preços referenciais de itens diversos de uso da administração a serem publicados na edição do Diário Oficial do Estado destes sábado e domingo (25 e 26). O resultado foi a redução do preço de determinados produtos em até 12,7%.

Os preços cotados anteriormente para itens como papel A4 alcalino, usado para impressões, café e leite foram 12,7%, 11,7% e 6,6% maiores do que valores de mercado conferidos via Nota Fiscal. A nova forma utilizada para elaborar os valores referenciais de produtos e serviços, adquiridos pelo Estado, considera as transações feitas entre pessoas físicas e empresas privadas para o aprimoramento das compras governamentais.

Sistema integrado

“A medida, que será sistematizada e adotada regularmente, visa assegurar ao Estado menor preço nas licitações realizadas via Registro de Preço, garantindo melhor gestão dos gastos públicos”, disse o secretário da Administração, Edelvino Góes. O modelo de aquisição de produtos e serviços no Estado representa montante anual de aproximadamente R$ 4,5 bilhões, segundo dados do Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças do Estado (Fiplan).

De acordo com o secretário da Fazenda, Manoel Vitório, a integração entre a gestão de gastos e o Fiplan é uma garantia de que todo o processo ocorrerá de forma integrada e automatizada, “garantindo ao Estado não apenas economicidade, mas um maior controle sobre as compras governamentais e o uso eficiente dos recursos públicos”. Ele ressaltou que o uso de dados da Nota Fiscal Eletrônica tem possibilitado outros ganhos importantes para o Estado, que vem tornando mais eficazes as ações de fiscalização e combate à sonegação, graças ao cruzamento de informações possibilitado pelo Sistema Público de Escrituração Digital (Sped).

Planejamento prévio

O Registro de Preço (RP) é responsável por simplificar a contratação do Estado e agilizar as compras dos itens mais consumidos pela administração estadual. A aquisição ou contratação é efetivada, a partir da necessidade dos órgãos e entidades da administração pública estadual, mediante planejamento prévio, instituído desde 2013. O tipo de seleção utilizada para o RP é o Pregão Eletrônico, com divulgação no Diário Oficial e jornal de grande circulação.

 

A Instrução nº 013/2010 orienta os órgãos e entidades do Poder Executivo Estadual quanto à utilização do preço referencial nos processos de fornecimento de material e contratações de serviços. O valor é resultado de uma pesquisa obtida tanto pela média de preços praticados no mercado quanto por meio de consulta à tabela de preços referenciais – relação de itens com preços pesquisados por instituição especializada contratada especificamente para este fim. No caso da Saeb, a responsável por prestar este serviço, desde 2009, é a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

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