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Em discurso de agradecimento, Dilma fala de união e de mudanças
A presidente reeleita Dilma Rousseff fez um discurso de agradecimento à nação, na noite de domingo, em Brasília, onde falou de união e mudanças. Dilma disse que a disputa eleitoral mobilizou todas as forças do nosso país, da nação. “Como vencedora destas eleições históricas, tenho palavras de agradecimento ao meu companheiro Michel Temer, parceiro de todas as horas, aos partidos políticos e sua militância que sustentaram nossa aliança e foram decisivos para nossa vitória. E faço o agradecimento do fundo do meu coração ao militante número um das causas do povo e do Brasil, o presidente Lula”.
“Conclamo sem exceção a todos os brasileiros para nos unirmos em favor do futuro de nossa pátria, de nosso povo. Não acredito que estas eleições tenham dividido o país ao meio. Entendo sim que elas mobilizaram ideias e emoções às vezes contraditórias mas movidas pelos sentimento comum: a busca por um futuro melhor para o país”, acrescentou.
“Em lugar de ampliar divergências, de criar um fosso, tenho esperança de que a energia mobilizadora tenha preparado um bom terreno para construção de pontes. O calor liberador do fragor da disputa pode e deve agora ser transformado em energia construtiva de um novo momento no Brasil”, prosseguiu.
Dilma afirmou ainda que, com a força deste sentimento mobilizador é possível encontrar pontos em comum e construir com eles uma primeira fase de entendimento para fazer o país avançar. “Algumas vezes na história, resultados apertados produziram mudanças mais fortes e válidos do que vitórias folgadas. Esta a minha certeza do que vai ocorrer a partir de agora. O debate, o debate das ideias, o choque de posições pode produzir consensos capazes de mover nossa sociedade nas trilhas de mudanças que tanto necessitamos”.
A presidente ressaltou também que toda a eleição tem que ser vista como uma forma pacífica e segura de mudança de um país, principalmente “para nós que vivemos numa das maiores democracia do mundo. “A reeleição tem de ser entendida como um voto de esperança dado pelo povo na melhoria do governo. É isso que o povo diz quando reelege um governante. Por isso, quero ser uma presidenta muito melhor do que fui até agora. Quaro ser uma pessoa ainda melhor do que tenho me esforçado para ser. Este sentimento de superação deve não apenas impulsionar o governo e a mim, mas toda a nação. O caminho é claro: algumas palavras e temas dominaram esta campanha. A palavra mais repetida, mais dita, mais falada, mais dominante foi “mudança”. O tema mais amplamente discutido foi ‘reformas’. Sei que estou sendo reconduzida à Presidência para fazer as grandes mudanças que a sociedade exige. Naquilo que meu esforço e meu papel alcançarem estou pronta a responder a esta convocação. Direi sim a este sentimento que vem do mais profundo da alma brasileira. Estou disposta a abrir espaço de diálogo com todos os setores da sociedade para encontrar soluções mais rápidas para os nossos problemas”.
Dilma Rousseff prometeu ainda deflagrar as reformas que o país anseia, principalmente a reforma política. “Meu compromisso é deflagrar estas reformas, que são responsabilidade do Congresso, e que devem ser feitas através de uma consulta popular, como instrumento dessa consulta, o plebiscito. Nós vamos encontrar força e legitimidade exigida neste momento de transformação para levarmos adiante a reforma política. Quero discutir esse tema com o novo Congresso e com a população brasileira, e tenho convicção de que haverá consenso em todas as forças ativas para abrir discussão e encaminhar as medidas concretas”, garantiu.
A presidente reeleita disse que vai combater a corrupção. “Terei o compromisso rigoroso com o combate à corrupção, propondo mudanças na legislação atual para acabar com a impunidade”, disse.
Dilma encerrou o discurso dizendo que “não fugirá da luta”. “Vamos dar as mãos e avançar nessa caminha que vai nos ajudar a construir o presente e o futuro. Brasil, mais uma vez essa filha tua não fugirá da luta. Viva o Brasil, viva o povo brasileiro”, disse, sendo aplaudida pela militância.
Jornal do Brasil