Hospital da Criança suspende serviços por falta de repasse de verba

 Hospital da Criança suspende serviços por falta de repasse de verba

Hospital Estadual da Criança, em Feira de Santana (Foto: Reprodução/TV Subaé)

Hospital Estadual da Criança, em Feira de Santana (Foto: Reprodução/TV Subaé)
Hospital Estadual da Criança, em Feira de Santana (Foto: Reprodução/TV Subaé)

De acordo com nota divulgada na terça-feira (7) pela assessoria do Hospital Estadual da Criança (HEC), localizado em Feira de Santana, cidade que fica a cem quilômetros de Salvador, a unidade corre o risco de ter seu pleno funcionamento suspenso a qualquer momento, por falta de repasse de verba do governo do estado.

Através de sua assessoria, a unidade hospitalar informou que a falta de repasses já ocasionou a suspensão das cirurgias eletivas e que a partir desta terça também vai ocasionar a suspensão das marcações de consultas. Ainda por conta do atraso, na próxima segunda-feira (13) serão suspensas as atividades ambulatoriais. Além disso, os pacientes regulados também poderão sofrer consequências.

A Fundação Professor Martiniano Fernandes, entidade responsável pela administração do HEC afirma ainda que a emergência atenderá somente os pacientes classificados como vermelho, ou seja, aqueles com risco iminente de vida.

Segundo o informe, o hospital está sem receber R$ 22,174 milhões, referentes a quatro faturas (dezembro de 2014, janeiro de 2015, fevereiro de 2015 e março de 2015). A nota ainda destaca que a unidade está com o estoque de alimentos, materiais médicos hospitalares e medicamentos reduzido, e que pode esgotar até esta sexta-feira (10).

A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) afirma, entretanto, que o HEC não terá os atendimentos suspensos em nenhuma hipótese, e salienta que se caso a administradora da unidade mantenha a posição anunciada de desonrar o contrato firmado em junho de 2013, a Sesab adotará as medidas necessárias de modo a garantir a continuidade dos serviços prestados à população.

Em nota, a Sesab informou que a Fundação Professor Martiniano Fernandes assumiu a gestão do HEC em junho de 2013, e que desde o início do vínculo não cumpre as metas estabelecidas, como o número de leitos ofertados, que atualmente são 154, enquanto o contrato previa uma operação completa de 280 leitos.

A secretaria ainda diz que o descumprimento de metas foi identificado em janeiro de 2015, ocasionando um processo administrativo e aplicação de multa, com base no contrato de origem, da ordem de R$ 900 mil, além da sinalização de novas deduções devido à baixa produtividade constatada na unidade. Paralelamente, a Sesab fixou o prazo de 45 dias para que fosse ativado o serviço de cirurgia cardíaca pediátrica e expandida a ocupação dos demais leitos inativos.

A nota divulgada pela Sesab ainda destaca que o não cumprimento das metas contratuais resultará na não renovação do contrato com a fundação, cuja vigência se encerra em 31 de maio de 2015, e que a secretaria já deu início ao processo de seleção de novo prestador.

Com relação aos repasses financeiros, a Sesab informa que desde 2013 o HEC já vinha com três meses de atraso nos pagamentos mensais, mas que na atual gestão foram realizados pagamentos tempestivos e regulares a partir do  mês de janeiro, e assim sucessivamente nos meses de fevereiro e março, totalizando o montante de R$ 20,4 milhões. A secretaria revela que  a fatura de dezembro de 2014 será paga até o quinto dia útil do mês de abril.G1

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