Precisamos de um estadista

 Precisamos de um estadista

Francisco Nery Júnior

 

Há ocasiões em que só um estadista pode livrar a nação do desastre. Para não ir muito longe, Nelson Mandela coagiu a nação sul-africana, algumas vezes, quase que sozinho, a tomar caminhos que evitaram o pior. Ele vinha de longe, teve tempo de amadurecer na prisão, era humilde e ponderado, e salvou o país da guerra civil provavelmente sangrenta e prolongada. A Alemanha vai bem. Na avaliação de alguns, está bem porque o povo alemão confia em Angela Merkel.

Precisamos ter alguém em quem confiar. Alguém de pulso firme que nos olhe de frente e que não tenha medo de nos contrariar. Queremos ser contrariados – por alguém de estrada e visão comprometido com o bem de nós todos. Repetindo, de todos nós. Isto (o Brasil) é uma nação e compartimentalização não pode ser tolerada; muito menos aparelhamentos setoriais.

Eu estava em um congresso de jovens em Brasília tempos atrás. O nosso líder era fraco. Alguém irrompeu para a frente, tomou as rédeas das negociações, e salvou a nossa delegação. Que apareça alguém que faça o mesmo no Brasil de hoje. Fazemos um ponto e dizemos: sem golpes desnecessários e sem intervenções de interesse menor.

Duas instituições importantes – e vitais – estão paralisadas em Paulo Afonso. Duas outras acabam de paralisar. O que significa isto? Recado ou conclusão óbvia da necessidade de intervenção? Ou simplesmente o princípio de um cão danado, todos a ele?

O que sempre previmos, nesta coluna, em elaborações nada simpáticas para os detentores do poder está acontecendo. O perigo da desagregação social e econômica, para não dizermos desastre, está às portas. O efeito dominó do cair fora antes que o barco afunde totalmente está acontecendo.

Se somos uma nação concentrada no desenvolvimento para todos, mantendo o que tradicionalmente é bom, buscando a orientação maior de Deus – sim, de Deus! – tenhamos calma, sejamos ponderados e trabalhemos pelo nosso país. O Ministro da Fazenda acaba de nos lembrar o óbvio – que precisa ser dito: só se cresce com trabalho. Chega, pessoal, de aventuras. Chega de marchas e contramarchas. As crises sucessivas do Brasil não nos levaram muito longe, tomando em consideração o nosso potencial.

Não podemos deixar que  aventureiros tomem o poder no Brasil.

 

Francisco Nery Júnior
Francisco Nery Júnior

Francisco Nery Júnior

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