STF concede habeas corpus e Barusco não virá à CPI

 STF concede habeas corpus e Barusco não virá à CPI

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga os esquemas de corrupção na Petrobras realizaria nesta semana a acareação entre o ex-gerente da área de Serviços da empresa, Pedro Barusco, com o ex-diretor de Serviços Renato Duque e com o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Porém, um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou Barusco a não comparecer à Comissão.

Os requerimentos para as acareações são de coautoria dos deputados democratas Onyx Lorenzoni (RS) e Efraim Filho (PB), que acreditam as acareações vão contribuir para esclarecer pontos ainda obscuros no esquema de corrupção na Petrobras. A advogada de Barusco havia solicitado a dispensa de Barusco ao presidente da CPI, que não aceitou. No entanto, o ministro Celso de Melo entendeu que, por conta de sua condição de saúde, Barusco não estaria obrigado a vir à CPI para as acareações.

Onyx lamentou a decisão, acreditando que colocar os envolvidos cara a cara seria esclarecedor. “Quando esteve na CPI Barusco entregou muita coisa. Duque calou-se e Vaccari mentiu. Agora, frente a frente, muita coisa ficaria mais clara. Mas hora da verdade vai chegar”, aposta o parlamentar gaúcho.

Para Efraim Filho, as próximas sessões da CPI ainda terão a oportunidade de entregar à população as respostas que ela tanto espera. “Todos estão cansados de evasivas como ‘não sei, não vi, não fiz’. Os envolvidos ainda têm muitas perguntas a responder”, assegurou.

CGU e COAF

Na sessão desta terça-feira (07), a CPI ouviu o depoimento do ex- ministro da Controladoria-Geral da União (CGU) Jorge Hage. Depois de uma apresentação auxiliada por dezenas de slides, o ex-ministro ouviu as considerações dos parlamentares.

Lorenzoni disse que a CGU é usada apenas para “justificar” um controle que, na realidade não existe. “Se fosse uma agência de notícias estaria de parabéns, mas como órgão de controle é um fiasco”, afirmou.

A Comissão ouviu também o presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Antônio Gustavo Rodrigues, que disse que o papel do Coaf é repassar aos órgãos competentes informações sobre movimentações suspeitas fornecidas por instituições financeiras. Ele alertou que as atividades de factoring não tem fiscalização nenhuma no país, o que dá margem a irregularidades.

Liderança do Democratas

Deixe uma Resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *