O primeiro passo dos pais para entender seus filhos adolescentes, é aprendendo o idioma, usada por eles nessa etapa da vida.

Um dos problemas encontrados por alguns adultos é a dificuldade de comunicação entre os jovens, com a fala cifrada e aparentemente ininteligível dos adolescentes. Por várias gerações os jovens eles desenvolvem uma fala própria, autônoma, diferente da língua comum, o que faz com que haja uma comunicação específica dentro de seus grupos e os diferenciam dos adultos.

Tem-se os jovens, contestadores por natureza e sensíveis a qualquer oportunidade de mudança, procuram subverter a fala, criando novas expressões e novos usos para expressões já conhecidas.

Várias são as gírias utilizadas pelos jovens, e frente a esse universo de palavras ou aprendemos o significado de cada uma, ou ficamos incomunicáveis, não havendo a sintonia do diálogo entre pais e filhos. Por essas razões, pais, professores, psicólogos, médicos, dentistas para terem acesso aos jovens, precisam ter conhecimento deste tipo de fala, podendo mesmo lançar mão quando necessário desde que de forma sincera, espontânea e autêntica. Mas o fundamental, entretanto, é que, quaisquer sejam as palavras usadas, elas venham sempre recheadas do afeto que pretendem transmitir. Só dessa forma se estabelecerá um diálogo vivo e afetivo, resultando em interesse e prazer para os juvenis que esteja se comunicando.

Um diálogo desse tipo pode alimentar um convívio rico, frutífero e bem humorado, por muitos anos entre jovens e adultos, mesmos quando ambos encontrem-se em conflitos.

Jean Albuquerque além de psicólogo formado pela Faculdade Ages / BA, é psicanalista pelo Instituto Summus do Brasil / PE, graduado em Ciências biológicas pela UNEB, tem especialização em saúde pública pela Estácio de Sá / Portal F, especialização em psicologia do trânsito e é psicólogo perito examinador de trânsito pela Faculdade PIO X / SE.

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Jean Albuquerque

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