Negromonte minimiza busca e apreensão em gabinete e residência

 Negromonte minimiza busca e apreensão em gabinete e residência

O ex-ministro das Cidades e conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Mário Negromonte, minimizou a Operação Politeia da Polícia Federal que, na manhã de terça-feira (13), cumpriu mandados de busca e apreensão na residência e no gabinete dele do TCM. Mário, irmão de Adarico Negromonte – um dos presos na operação –, foi um dos citados na delação do doleiro Alberto Youssef, que comandava um esquema bilionário de desvio da Petrobras.

A Polícia Federal realizou uma operação na terça-feira (14) para cumprir 53 mandados de busca e apreensão autorizados em seis inquéritos do Supremo Tribunal Federal que investigam políticos na operação Lava Jato. Os mandados, autorizados pelos ministros do STF Teori Zavascki, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello, tinham como alvo residências e empresas dos politicos.

Entre os políticos que tiveram a casa revistada por agentes da PF estão os senadores Fernando Collor (PTB-AL), Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), Ciro Nogueira (PP-PI), o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE)  e o ex-deputado e ex-ministro Mario Negromonte (PP-BA).

De acordo com a PF, os mandados foram para evitar que provas importantes sejam destruídas pelos investigados. A operação de terça foi batizada pela polícia de Politeia. O termo faz referência ao livro A República, do filósofo Platão, que descreve uma cidade perfeita, onde a ética prevalece sobre a corrupção.mario 2

Mario Negromonte (PP-BA), ex-ministro e ex-deputado

Segundo Youssef, após a morte de José Janene, o líder do esquema passou a ser o ex-ministro das Cidades Mário Negromonte. Com a entrada do ex-ministro, de acordo com o doleiro, a cúpula do partido se enfraqueceu. Paulo Roberto Costa também disse que repassou R$ 5,5 milhões ao ex-ministro.

O ex-ministro Mario Negromonte negou, por meio de nota divulgada na época da abertura do inquérito, que tenha recebido vantagens indevidas “em qualquer cargo público que tenha ocupado” e afirmou que jamais contribuiu para prática ilícita.

Por meio de nota, o advogado do ex-ministro Mario Negromonte, Carlos Fauze informou que a operação da PF se deu “sem qualquer intercorrência”, tendo o seu cliente colaborado com os trabalhos.  A defesa também informou que Negromonte “reitera seu irrestrito intuito de colaborar com a investigação”, que apontará, segundo Fauze, a inocência do ex-ministro. O advogado afirmou ainda que Negromonte está disposto a colaborar inclusive com a entrega espontânea de todos os elementos considerados indispensáveis pelas autoridades.

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