Prefeitura suspende atividades, em decorrência da infecção de servidores pela covid-19
Entrevista: com o diretor do Departamento Municipal de Esportes, José Matias Neto
José Matias Neto -‘Neto Madeira’ está a três anos gerindo o Departamento Municipal de Esportes, conseguiu diversificar as modalidades esportivas praticadas no município, antes concentradas apenas no futsal e no futebol e reconhece que o tema não tem a apreciação devida da sociedade. Há naturalmente a dependência do esporte exclusivamente da prefeitura. Entre outros assuntos na entrevista Neto Madeira cita o exemplo do timaço de futsal que morreu sem deixar herdeiros. “Nós não tínhamos condições de bancar atletas com: casa de atletas, salários e toda estrutura, ficou muito caro, era um patrimônio da cidade com apenas uma instituição abraçando”.
Leia a entrevista:
Ivone Lima – Neto, o que o departamento de esporte organizou para o 2º semestre?
Neto Madeira – Nós temos tido todo apoio, o prefeito e outras secretarias, a gente tem sido abraçado e o resultado está aí para todo mundo. Nós temos a liga de futsal, fizemos o passeio ciclístico, Jiu-Jitsu, o inter-baba, entrando agora no campeonato da área rural e tantas outras atividades para serem feitas: basquete, voleibol, futebol feminino, society e futevôlei na Prainha.
Ivone Lima – Nós sabemos que a fatia maior para patrocinar o esporte é do município, existe outra fonte em Paulo Afonso?
Neto Madeira – Por exemplo, o comércio e o empresariado de uma maneira geral, aqui em Paulo Afonso não participa de nada nesta questão. Até porque nós não batemos na porta, sentimos já essa dificuldade, então ou a prefeitura faz tudo, ou não acontece nada. Eu digo que é praticamente cem por cento saindo daqui. Saímos do ciclo vicioso que era a Chesf e agora estamos com a prefeitura, absolutamente tudo as pessoas cobram exclusivamente da prefeitura, e nós sabemos que as coisas não funcionam dessa forma.
Ivone Lima – Como a verba é exclusiva do município o departamento está distribuindo bem os recursos: bairros e área rural? Ou se concentra mais no centro?
Neto Madeira – Há uma concentração no centro, porque existe a estrutura, por exemplo, o ginásio coberto. Nós temos aqui a condição de praticar qualquer esporte e também o estágio. A dificuldade no BTN era em relação à quadra, nós não tínhamos lá uma em condições, hoje temos essa do colégio. O que tentamos agora é inserir outros seguimentos na questão do esporte.
Ivone Lima – O que aconteceu com o timaço de futsal que dominou essa região?
Neto Madeira – O que já comentei aqui. A prefeitura não tinha condição de manter na totalidade aquele time.
Ivone Lima – Aqueles jogadores eram de onde? Não eram pratas da casa?
Neto Madeira – Eram atletas de várias partes do Brasil: São Paulo, Minas Gerais, Recife, Rio Grande do Sul etc., nós fazíamos a seleção e íamos disputar os campeonatos.
Ivone Lima – Essa foi a razão da modalidade não ter se tornado uma força, nasceu grande e sem raiz?
Neto Madeira – Sim. Quando eu era estudante se valorizava muito a educação física eu aprendi a fazer de tudo um pouco, hoje é outra realidade. Nós deixamos de promover as divisões de base, infelizmente temos muitas coisas que tiram atenção do esporte. Nesse sentido eu tenho batido junto a prefeitura para fomentarmos as divisões de base, a liga de futsal tem hoje 1.130 atletas envolvidos: sub 9, 11, 13, 15 e 17. Estamos sempre em todos os eventos promovendo as divisões de base para termos a renovação.
Ivone Lima – O jovem aqui de Paulo Afonso pode sonhar em ter seu potencial explorado na cidade ou é muito difícil?
Neto Madeira – Você sabe como funciona a gestão pública, hoje eu estou, amanhã não. Então se não acontecer uma continuidade com o que vem sendo feito, principalmente nas divisões de base, aí fica complicado.
Por Ivone Lima
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Merece nosso aplausos e do povo de Paulo Afonso, o trabalho que vem sendo feito por este jovem diretor de esportes da prefeitura municipal. Infelizmente, no futebol, nem do intermunicipal que é considerado o maior
evento esportivo amador do mundo, atualmente não participamos, o que é lamentável, pois, já fomos em datas passadas, campeões e vice deste
campeonato, com nossa seleção amadora, formada exclusivamente por
jogadores de Paulo Afonso, isto é por “prata da casa” como diz o povão.
Hoje, não temos mais dirigentes como os senhores Álvaro de Carvalho,
José Freire, Diogo Andrade, Dernival Oliveira, Dona Zefinha, Branchu,
Dr, Orlando Azevedo (Dínamo) Dr. Fernando Tavares (Olímpico) Chicó,
(Dínamo) Seu Nelinho (Redenção) Dr. Zezinho (Caveira) Alonção (Caveira)
Pedro Macário Neto, Olímpico e LDPA) Gringo ( GEPA) Zé Paulo (Olímpico) e inclusive eu, modéstia parte, que fui Presidente da Junta de Justiça Desportiva, diretor da LDPA e Presidente do Olímpico, entre tantos outros
que no momento me faltam na memória