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Dia dos pais
Para escrever sobre os pais, na véspera do Dia dos Pais, é preciso estar inspirado. O pai, comparado à mãe, é carrancudo, talvez por ser a instância última do poder do lar. É dele o poder de veto que as mães, matreiramente, não têm o mínimo desejo de exercer. O pai paga o ônus do não. Seria bom que o filho [do pai] tivesse a noção de unidade de comando, da responsabilidade da unidade da família, do controle do orçamento e de todos os princípios de uma sociedade organizada que se aplicam à família. Se essa noção não é assimilada pelo filho, o pai que não procurar as veredas da diplomacia – e da paciência (poderíamos, por outro lado, dizer da política e da agregação), corre o sério risco de ser encarado como uma espécie de ogro ou de desmancha-prazer. Infância até a adolescência é a idade do prazer. O currículo escolar bem poderia ser dos 20 aos 32 anos, ao invés dos 07 aos 19. O esforço escolar talvez obtivesse melhor rendimento nessa faixa em que o indivíduo está mais maduro e mais motivado para vencer.
Mas pai é pai, e os filhos que me leem têm a obrigação e o dever de respeitá-lo. Que vocês o respeitem mesmo se com ele não concordarem; mesmo se o comportamento de alguns deles não os induzir a esse respeito. Esta é a parte de vocês, e o melhor que fazem é assim proceder. Isto que acaba de ser dito, escrito para você, pode não ser um decreto, mas é certamente uma, digamos, recomendação para ser seguida.
Após as palavras precisas do parágrafo anterior, as deste parágrafo têm a missão de confessar a doçura e a felicidade que nós pais experimentamos por vocês. Vocês já notaram o quanto por vocês nos esforçamos? Já desconfiaram que, muitas vezes, muitas mesmo, vocês vêm em primeiro lugar na ordem das nas nossas prioridades? Saibam que vocês são a nossa virtude e a nossa esperança; para nós e para o país. Cuidamos de vocês como salvadores de uma pátria em formação. Contamos com vocês para a manutenção de princípios fundamentais que uma vez recebemos dos nossos pais.
Sabem de uma coisa? Vocês moraram no ventre das suas mães durante nove meses. Sentiram as suas entranhas e beberam das suas forças. Foram por elas amamentados, elas parceiras em tudo aquilo que falamos a respeito dos pais. Elas, as nossas parceiras, muito bem os acolheram quando nós os lançamos como verdadeiros mísseis para o mais profundo das suas almas. Sem nenhuma presunção de competição, o que as palavras deste parágrafo querem dizer é que nós hospedamos vocês em primeiro lugar e os enviamos semi-prontos, quentinhos de amor, para a vida.
Então que vocês nos louvem no nosso dia. Isto não faz mal a ninguém. Recebemos agradecidos o seu louvor e asseguramos que, com louvor ou sem louvar, os amaremos para sempre.
Francisco Nery Júnior