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Nenhum quebra-mola; nem um sequer
Para o viajante na Europa, fica bastante clara a preocupação das autoridades locais em tornar a vida o mais fácil possível. Tudo é muito bem sinalizado. Pode-se conduzir a mala pelas calçadas da Europa quilômetros a fio. Elas deslizam como nas pistas de Fórmula 1. É um encanto para quem mora em uma cidade onde até cercas são colocadas nas calçadas entre os imóveis. Mais cedo ou mais tarde, vamos ter que regularizar o acesso pelas calçadas de Paulo Afonso, seja por iniciativa do Poder Executivo, seja do Poder Legislativo; mesmo através de uma ação popular. Nossas calçadas, na realidade, desdizem o que nós somos.
Nas ruas da Europa, pessoas esguias – e elegantes. Não vi um gordo sequer! Os europeus comem menos carne de boi e mais frango, peixe, pato e carneiro; com legumes e muita, muita batata. Batata de todo jeito. Batata-do-reino, como chamava a minha mãe. Difícil encontrar feijão e arroz. Os ingleses comem feijão com açúcar no café da manhã.
Eles são reservados, mas se abrem ao menor sinal. Em Paris, ruas e sacadas enfeitadas com flores, são solícitos ao extremo. Muito mais que em Londres. O policiamento não é ostensivo e os comensais não são coagidos a dar gorjetas.
Em Londres, não há faixas pintadas nas ruas. Os Londrinos, que não usam o euro, fazem questão de ser diferentes. Apenas recomendam ao pedestre olhar à direita ou à esquerda antes de atravessar.
Como em Brasília, a fiação é embutida nas principais cidades da Europa. Quebra-molas? Procurei e procurei. Em Paulo Afonso, um a cada cem metros. Lá, nem um sequer. Se depender de um chá de quebra-molas para sobreviver, você está perdido.
Francisco Nery Júnior
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É um mundo anos-luz a frente desse nosso, outra cultura e outros valores, meu caro professor. Abraços!