Deputados baianos da comissão do impeachment estão na mira da Justiça

 Deputados baianos da comissão do impeachment estão na mira da Justiça

stjA comissão especial do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), na Câmara Federal, tem sido questionada pelo histórico que os deputados integrantes do colegiado possuem. Um levantamento destacado pela imprensa internacional ressalta que dos 65 membros, 37 são acusados na Justiça por diversos crimes como lavagem de dinheiro, corrupção e crimes eleitorais. Dos nove representantes baianos na comissão, cinco respondem a algum tipo de processo: Bacelar (PTN), Benito Gama (PTB), Paulo Magalhães (PSD) e Roberto Britto (PP). Além dos titulares mencionados, os suplentes Fernando Torres (PSD) e Valmir Assunção (PT) também estão na mira da Justiça.

O deputado federal Bacelar (PTN) responde a um inquérito por lavagem de dinheiro e peculato, teve as contas do PTN reprovadas referentes aos anos de 2008, 2009 e 2012, foi condenado a pagar multa e ressarcir R$ 770 mil aos cofres públicos após a Justiça constatar irregularidades em contrato firmado quando foi secretário de Educação de Salvador na gestão do ex-prefeito João Henrique entre a Fundação Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia e a pasta municipal.

Único deputado federal do PTB baiano, Benito Gama responde a uma ação penal por crime eleitoral no Supremo Tribunal Federal (STF). Com a acusação de ter incluído um falso doador na prestação de contas da sua campanha em 2010, Paulo Magalhães (PSD) é outro baiano na lista de parlamentares com processos na Justiça. Além disso, enfrenta inquérito que apura tráfico de influência.

O deputado federal Fernando Torres (PSD) é suplente no colegiado e é alvo de dois inquéritos por crime de lavagem de dinheiro. Responde ainda por crimes contra a ordem econômica. O petista Valmir Assunção é outro suplente que responde à ação na Justiça. O parlamentar é investigado por crimes eleitorais. Roberto Britto (PP) é o único parlamentar baiano na comissão implicado na Operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras. Citado pelo doleiro Alberto Youssef como favorecido da cota do PP de R$ 30 mil a R$ 150 mil, Britto é alvo do inquérito 3989 e chegou a ser absolvido por crimes eleitorais no final do ano passado.

Parlamentares não se sentem impedidos para julgar

Os membros baianos do colegiado especial com pendências no Judiciário afirmam que as ações enfrentadas não são empecilhos para a participação na comissão. Segundo Roberto Britto, em conversa com a Tribuna, minimizou a interligação. “Não pesa em nada. Não gostaria de entrar em detalhes porque qualquer gota d’água nessas horas se transforma em tempestade em Brasília, mas não me sinto impedido [para julgar o processo de impeachment]”, afirmou.

Benito Gama foi procurado, mas não pode falar por estar na audiência da comissão especial com os autores do pedido do processo contra Dilma. Em outra ocasião, o parlamentar havia declarado que se sente tranquilo quanto ao mérito da ação. O caso enfrentado pelo petebista se iniciou nas eleições de 2012, quando um opositor na cidade de Ituaçu o acusou de crime de injúria por ele ter supostamente ofendido o gestor da cidade, Albércio da Costa Brito Filho.

“O prefeito disse que eu tinha atacado ele, mas isso não existe. O processo vai ser arquivado, só chegou ao Supremo porque o juiz da 58ª Zona Eleitoral declinou da competência de julgar o processo por eu ter sido eleito deputado federal em dezembro”, explicou o parlamentar. A reportagem também tentou contactar os deputados Bacelar (PTN) e Paulo Magalhães (PSD), mas não obteve êxito. http://www.tribunadabahia.com.br

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