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Recomeça nesta quarta julgamento de acusados de matar deputada em AL
A partir das 8h, defesa e acusação iniciam o debate final. Ceci Cunha, marido e dois parentes foram mortos em Maceió, em 1998.
Será retomado a partir das 8h desta quarta-feira (18) o julgamento de cinco acusados de matar em Alagoas a médica e deputada federal Ceci Cunha, o marido e mais dois parentes delas em 1998, no caso que ficou conhecido como “chacina da Gruta”.
Nesta quarta, serão abertos os debates entre acusação e defesa para que, no final, o júri, formado por sete jurados homens, possa tomar sua decisão. Promotoria e defesa terão 3 horas para apresentarem seus argumentos. Depois, será concedida mais 1 hora para réplica e tréplica a ambas as partes.
Na terça-feira (17), três réus foram interrogados pelo juiz federal André Luís Maia, presidente do Tribunal do Júri e titular da 1ª Vara Federal de Alagoas.
Réus interrogados
O réu Jadielson Barbosa da Silva foi o primeiro a ser ouvido pelo júri. Ele negou as declarações prestadas à polícia sobre o caso, alegando que fez as declarações sob tortura. No processo, no entanto, há registros dos laudos do IML de exames de corpo de delito que foram realizados por ele em todos os traslados feitos sob tutela da polícia.
No depoimento, Jadielson não negou que andava armado, mesmo sem ter porte de arma e que fugiu para São Paulo, onde mora atualmente, após ser indiciado pelas mortes. Ele também não negou que conhecia Alécio César Alves Vasco, considerado pela investigação como pistoleiro. Vasco foi ouvido em seguida.
O terceiro a ser interrogado foi o ex-deputado federal Talvane Luiz Gama de Albuquerque Neto, acusado pelo Ministério Público Federal de ser o mandante do crime. Após o encerramento dos interrogatórios, serão abertos os debates entre acusação e defesa para que, no final, o júri, formado por sete jurados homens, possa tomar sua decisão.
Na segunda-feira, o juiz federal ouviu o depoimento oito testemunhas e foram interrogados dois réus. A primeira pessoa ouvida foi uma sobrevivente do crime, irmã de Ceci Cunha, a psicóloga Claudinete Santos Maranhão, que teve o marido Iran Carlos Maranhão, morto na chacina.
Primeiro dia de júri
De acordo com a assessoria da Justiça Federal, Claudinete confirmou declarações anteriores feitas para as polícias Civil e Federal. Ela narrou que dois homem entraram na varanda da casa da sua sogra, Ítala Maranhão, no bairro da Gruta de Lourdes, em Maceió, e dispararam as armas contra todos que estavam sentados.
Um dos acusados teria sido reconhecido pela depoente. Foram mortos: a deputada Ceci Cunha, seu marido Juvenal Cunha, Iran Carlos Maranhão e Ítala Maranhão. Claudinete contou que conseguiu se esconder debaixo da cama do primeiro quarto da casa.
Ceci Cunha morreu horas depois de ser diplomada deputada federal pelo PSDB de Alagoas.
São réus no processo o ex-deputado federal Talvane Luiz Gama de Albuquerque Neto, Jadielson Barbosa da Silva, Alécio César Alves Vasco, José Alexandre dos Santos e Mendonça Medeiros Silva.
A morte
A médica foi assassinada com um tiro na nuca quando estava na casa do cunhado em Maceió, em companhia do marido e da mãe, comemorando a eleição. Os acusados negam o crime, informou a Justiça Federal. Do G1