Bahia quer ampliar em 120 mil o número de beneficiários do Bolsa Família

 Bahia quer ampliar em 120 mil o número de beneficiários do Bolsa Família

Para que mais 120 mil famílias sejam cadastradas no programa Bolsa Família este ano, 1,7 mil gestores dos 417 municípios baianos participaram terça-feira (17) do II Encontro Estadual do Programa Bolsa Família, que está sendo realizado no Fiesta Convention Center, em Salvador, e será encerrado nesta quarta-feira (18). Os gestores precisam se adequar ao novo processo de busca ativa de beneficiários, implantado pelo governo federal a partir do Plano Brasil Sem Miséria.

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, disse durante a cerimônia de abertura, que cerca de 2,4 milhões de baianos vivem em extrema e representam mais de 17% da população brasileira nessa condição. Ela apresentou o Plano Brasil Sem Miséria, explicando como a iniciativa e o Programa Bolsa Família se complementam. Segundo informou, parte da população que recebe o benefício já tem acesso à inclusão produtiva, qualificações, sementes e assistência técnica.

“Muita gente recebe o Bolsa Família e precisa de qualificação. Vamos localizá-las tendo acesso às informações, melhorando as redes de saúde e educação, oferecendo cursos e assistência técnica. Juntos – governo federal, estados e municípios -, conseguiremos superar a extrema pobreza no Brasil”, afirmou Campello. Para isso, ela avalia ser fundamental que as famílias que tenham renda mensal per capita de até R$ 140 ingressem no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico).

Estado estratégico

Tereza Campello também disse que a Bahia é um dos estados estratégicos para o Bolsa Família. “Trabalhamos juntos para que a Bahia possa continuar sendo pioneira no conjunto de programas para a superação da extrema pobreza no Brasil”.

O governador Jaques Wagner afirmou que o Bolsa Família é um programa social e de microeconomia. “Na Bahia entraram, em 2011, R$ 2,2 bilhões somente pelo Bolsa Família. Somado ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), que são os benefícios por idade e dos deficientes, este total chega a R$ 4,2 bilhões por ano, quase 20% de todo o orçamento do Estado. É muito dinheiro e entra direto na economia, vai para a feira, o mercado, roda o armazém local”.

Wagner concorda com a ministra em que é necessário se levar oportunidade e inclusão produtiva a quem recebe o Bolsa Família. “Temos que apostar na agroindústria familiar, juntar as pessoas nas cooperativas. Em vez de vender mandioca, vender farinha, vender a fécula de mandioca. É um sistema que resgata a cidadania do nosso povo e é por isso que o Brasil está vivendo este momento diferente”.

Gestores municipais contam com o apoio do Estado

A gestora do Bolsa Família em Rio de Contas, no interior do estado, Cátia Simone Bonfim, disse que o sistema de busca ativa está funcionando no município da Chapada Diamantina, que possui 13 mil habitantes, dos quais 1,9 mil recebem o benefício, reforçando a economia local em R$ 170 mil mensais. “Antes do Plano Brasil Sem Miséria, a gente tinha muita dificuldade de inserir estas famílias. O Estado é o nosso suporte. Fornece cursos, capacitações. A gente sempre procura a Sedes para nos orientar”, afirmou.

Segundo o secretário do Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, Carlos Brasileiro, mais de 1,7 milhão de famílias recebem o Bolsa Família na Bahia, o que representa 6,5 milhões de pessoas beneficiadas. “Temos ainda pelo menos 500 mil famílias para serem atendidas e este encontro vai facilitar isso”.

Para a coordenadora do Bolsa Família na Bahia, Luciana Santos, o papel do Estado é promover o acesso aos serviços públicos para os beneficiários do programa e também fazer a parte de gestão descentralizada. “Ao Estado cabe a capacitação dos gestores municipais e o auxílio no acesso aos serviços, e apoio aos municípios para que haja uma gestão plena no Programa Bolsa Família”.

O Plano Brasil Sem Miséria, de acordo com Luciana, tem metas a serem cumpridas para erradicação da pobreza e a Bahia é o estado que vai demandar maior esforço, devido à sua extensão e geografia. “Queremos sensibilizar os gestores municipais para que eles realizem o que a gente chama de busca ativa e ofereçam os serviços necessários para tirar essas pessoas da situação de extrema pobreza”.

 

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