Prefeitura suspende atividades, em decorrência da infecção de servidores pela covid-19
Frigorífico aposta em abate de jumentos na BA visando exportação de carne e derivados para o mercado asiático
Um frigorífico localizado no município de Amargosa, a cerca de 240 quilômetros de Salvador, iniciou o abate de jumentos visando vender carne e derivados ao exterior. A empresa diz que gera 150 empregos diretos e 270 indiretos com o negócio e que vai produzir cerca de 300 toneladas de carne por mês para exportação ao mercado asiático.
O abate de jumentos foi iniciado na unidade no dia 26 de julho. É o primeiro frigorífico a realizar esse trabalho no estado visando exportação, segundo o governo.
A unidade funciona na área de um antigo frigorífico de bovinos, que havia encerrado as atividades há dois anos. O objetivo é exportar a carne e também o couro animal, que será direcionado a indústrias de cosméticos e farmacêuticas.
O projeto engloba desde a aquisição de jumentos de pequenos produtores rurais até a procriação pela empresa, inclusive com melhoramento genético da espécie na Bahia, a partir de animais trazidos da Ásia.
Um dos sócios do frigorífico, o empresário Mairton Souza diz que a meta da empresa é alcançar, sobretudo, o mercado chinês. “Já negociamos com Hong Kong. O objetivo maior é a China, porque, no mundo, é atualmente o maior mercado. Estamos inclusive brigando com a Austrália, que também iniciou o abate de jumentos”, destacou, em contato com o G1.
O sócio do frigorífico ainda diz que, além das pessoas já empregadas, outras 40 devem ser contratadas nos próximos dias. “Para conhecer o mercado, nós iniciamos o abate de forma experimental no frigorífico da Chapada Diamantina, em Miguel Calmon. A partir desse teste, nós destinamos um frigorífico apenas para este tipo de abate”, acrescenta Mairton.
Souza ainda diz que a viabilidade do negócio foi possível após as negociações do governo baiano com o mercado exterior, em 2016. “Isso foi por intermédio do governo. O povo asiático já tem esse costume de consumir a carne. Então, vamos exportar a pele para medicamentos e cosméticos e a carne e vísceras para consumo. Por conta disso, dessa demanda, vamos contratar mais gente, pessoas qualificadas”, destaca. G1