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BTN- Inauguração da estátua de Padre Cícero leva multidão à praça de Nossa Senhora das Dores
Padre Cícero Romão Batista ‘Padim Cícero’ para os nordestinos, morreu em Juazeiro-CE, em 20 de junho de 1934. Desde então, a devoção desta parcela do povo brasileiro segue fiel à sua trajetória, na face mais pungente da religiosidade popular nestas terras. Quer nas romarias, sempre conduzindo milhares de pessoas ao Estado do Ceará, ou no dia a dia do povo que até hoje como no tempo de Cícero, sofre as consequenciais da seca, e do desenvolvimento tardio.
Dona Amélia, 85 anos (Natural de Arco Verde-PE), contava apenas dois aninhos quando Padim Cícero morreu, romeira e migrante chegou em Paulo Afonso há mais de cinco décadas, 43 anos só no BTN.
Dona Amélia então se dedica à comunidade de Nossa Senhora das Dores (Sagrada Família), e sempre mantendo a devoção a Padre Cícero, continuamente trabalhou junto aos irmãos para ver a praça com sua estátua.
Na sexta-feira, 20 de outubro, enfim, chegou o grande momento. O BTN se transformou na Colina do Horto, com devotos, chapéus de palha, cantos a Mãe Das Dores, e uma celebração cheia de vida, e das coisas do povo. Na altura dos seus 85 anos, dona Amélia subiu com os padres as escadas e puxou o lenço branco que cobria a estátua, rezou e discursou ao final de duas horas missa.
Dona Amélia agradeceu a todos que colaboraram e avisou que ainda vai pedir mais. “Não termina aqui não, nós ainda temos muita coisa para fazer.”
O trabalho comunitário
O mais importante da festa foi ressaltar o trabalho da comunidade. Felizmente a paróquia Sagrada Família, que em breve acolherá a Visita Pastoral – dom Guido visitará toda sua dimensão – tem tido esta característica, o povo participa com doações, mas não é só isso – principalmente, diante de uma realidade difícil, por concentrar um complexo de bairros e de problemas de ordem social – a paróquia reúne um grande contingente que quer mudar a vida e seguir no caminho oferecido pela Igreja; as celebrações têm essa marca, estão presentes jovens e adultos que costumeiramente fazem festas belíssimas, com uma juventude participativa e um povo solidário.
A celebração cheia de significados
Frei José teve a presença dos padres Jeferson (Chorrochó) e Thiago (Cícero Dantas), ambos do TBN. Todos falaram durante a missa do momento especial para a comunidade. Primeiro Padre Tiago:
“Esta imagem sempre vai nos remeter a algo, então nós vamos passar aqui e lembrar de algo maior e sagrado, que é Deus, nós não paramos o olhar na imagem, mas o meu culto é sinal do meu desejo interior de realizar na minha vida aquele que é a razão de tudo: Jesus Cristo.”
Padre Jeferson falou de Nossa Senhora das Dores. “Vamos lembrar daquela que olha pelos simples e pequenos, que reconhece em Deus a sua grandeza, esta é a marca também dos que recorrem a Deus com sua oração, desse povo sertanejo que suplica a ela que olhe por eles, são muito os rostos que sofrem no silêncio, mas que sabem que não estão sozinhos.”
Frei José falou sobre Padre Cícero
“Cícero rumou para o caminho sacerdotal com a Igreja vivendo o Concilio Vaticano I, e ele se torna exemplo como sendo um dos melhores alunos, a sua vida é marcada por doação, por sofrimento quando seu pai morre (…) com o seu coração qual tanto profetas desse Nordeste como o padre Ibiapina, Cícero Romão Batista começa uma vida de oração e as pessoas viam naquele sacerdote algo diferente, e corria a sombra de sua batina para derramar as suas lágrimas porque ele derramava as graças que recebeu desde o batismo e pelas suas mãos ungidas.
Pascom