Prefeitura suspende atividades, em decorrência da infecção de servidores pela covid-19
Usinas Nucleares, sérios riscos para Paulo Afonso; BA
Apesar das explosões dos reatores nucleares de Fukushima no Japão, o Ministro de Minas e Energia garantiu a expansão do programa nuclear no Brasil e a vinda de duas usinas nucleares para o Nordeste. Os preparativos para que o martelo seja batido ocorrerão até o final de 2012.
A Eletronuclear confirmou a vinda de duas Usinas Nucleares para o Nordeste. Uma delas certamente na cidade de Itacuruba – PE a apenas 80 km (distância aérea) da cidade de Paulo Afonso ou na cidade de Chorrochó – BA, mais precisamente no Distrito de Barra de Tarrachil a 100 km (d.a.) de Paulo Afonso. A escolha de Itacuruba ou Chorrochó se dá pelo fato de ambas possuírem pouca densidade demográfica, serem nas margens do Rio São Francisco e por existir no solo dessas cidades uma base calcária difícil de ser encontrada em outras regiões do país. A cidade de Paulo Afonso seria a maior concentração urbana num raio de até 180 km do empreendimento, e só teria a perder com isso.
Estudiosos dizem que um empreendimento como este pode trazer danos irreparáveis para a economia de uma cidade como Paulo Afonso, visto que, a população sempre fica temerosa com um vizinho dessa natureza. Tomando como base o acidente nuclear de Fukushima no Japão, que foi classificado como nível 4, os índices de radiação foram considerados altíssimos em localidades num raio de 50 km, e em níveis menores em localidades mais distantes. O solo e a água foram bastante comprometidos.
A cidade de Paulo Afonso está situada em altitude inferior às cidades de Itacuruba e Chorrochó, e no sentido do curso do Rio São Francisco. Um acidente nuclear na referida usina provocaria uma situação de caos total na cidade de Paulo Afonso. Pois, além da preocupação da contaminação pelo ar, existiria uma possibilidade ainda mais grave, que seria a contaminação através das águas do Velho Chico, e nesse caso, a radiação poderia chegar em algumas horas. Em empreendimentos como este, acidentes radioativos nunca são descartados.
Na opinião de Augusto Brandão D’Oliveira, PhD em Física Nuclear pela Universidade Técnica de Munique (Alemanha), o combustível nuclear não deve ser utilizado para gerar grandes quantidades de energia. Segundo D’Oliveira “… deveríamos dominar todos os aspectos da energia nuclear, porém não deveríamos empregá-la em larga escala. Isso porque os reatores são essencialmente inseguros e, se usados em larga escala, podem gerar grandes problemas”. O físico também alerta para o problema dos resíduos radioativos gerados pelas usinas nucleares, que é algo sem solução. O lixo deve ser enterrado e isolado por centenas de anos.
Com a probabilidade cada vez maior do início das obras das usinas nucleares às margens do Rio São Francisco, a cidade de Paulo Afonso deve passar por um processo de mudanças. Onde o mercado imobiliário deve ser o segmento mais afetado. Deve haver uma inversão na tendência de valorização dos imóveis dessa cidade. Ao invés da valorização que vem ocorrendo nos últimos anos, os imóveis devem seguir uma tendência de forte queda nos preços, será uma crise imobiliária jamais vista, já que está confirmada a instalação de pelo menos uma dessas usinas às margens do Rio São Francisco. A localização da segunda usina ainda está em estudo, podendo inclusive ser também construída ao longo do caudaloso rio.
A partir do início das obras, especialistas prevêem uma migração populacional de grande intensidade em cidades como Paulo Afonso – BA, Belém de São Francisco – PE, Floresta – PE, Petrolândia – PE, Salgueiro – PE e Delmiro Gouveia – AL para outros centros urbanos.
Precisamos ficar de olho. Não queremos nossas famílias correndo riscos como os vistos amplamente na TV quando do acidente da Usina Nuclear de Fukushima no Japão. A cidade de Paulo Afonso já não tem tantas coisas a oferecer (como saúde, emprego e educação) e com um empreendimento assim tão perto, tem tudo para virar uma cidade fantasma.
Por Paulo Barros
Paulo Barros – Sou Pauloafonsino, economista com mestrado em Macroeconomia de Mercado, atualmente residindo em Salvador – BA.
Fontes: (Por Paulo Barros com informações: Revista Nordeste; Revista CREA-BA; A Tarde; Estado e Tribuna da Bahia)
7 Comments
Caso esses empreendimentos sejam confirmados, a cidade de Paulo Afonso ira perder muito com os riscos que a energia nuclear pode trazer.
É bem verdade que os preços dos imóveis devem cair, pois muitas pessoas devem querer em embora de Paulo Afonso, para lugares que não representem perigo. E quando a procura é menor que a oferta, o preço cai.
Quanta besteira….
Pode nunca acontecer. Mas se acontecer um acidente eu não quero estar aqui pra testemunhar. Boa sorte a quem ficar!!!
afs q povo idiota de nordestino pai aquilo so aconteçeu pq teve o terremoto e aki em paulo afonso tem?? afs vcs são uns inbecis nada a ver vão primeiro entender sobre esse assunto antes de falar besteira!! sou pauloafonsino e moro em salvador-ba
Sou de Angra dos Reis, trabalho na Usina de Angra e ao contr´´ario que voces falam, houve um aumento populacional e muito se deve a construçao da unidade 3 da usina, acho que deveriam estudar mais o assunto antes de comentar sem conhecimento de causa. E um bem para qualquer cidade.
Eu acho que vai acontercer exatamente o inverso , geracao de grande quantidade de empregos e valorização imobiliária. Hoje a instrumentação e técnicas de construção e manutenção são muito melhores e mais seguras. Sem a menor dúvida preferiria hoje construir uma usina nuclear do que uma hidroelétrica pois já sabemos o que aconteceu com o relocamento de grandes massas populacionais e idenizações medíocres na construção dos complexos hidroelétricos existentes, o resultado foi muita pobreza sem falar no risco de rompimento de uma grande hidroelétrica.