Prefeitura suspende atividades, em decorrência da infecção de servidores pela covid-19
Fieb diz que greve dos caminhoneiros leva país para ‘ambiente de tensão social’
A Federação das Indústrias do Estado da Bahia e os 43 sindicatos empresariais filiados emitiram hoje (29) um comunicado sobre a greve de caminhoneiros que afeta o abastecimento de postos de combustíveis e mercadorias em todo o país.
No texto, o grupo manifesta apreensão em relação ao protesto, que está “conduzindo o Brasil para um ambiente de tensão social, agravado por problemas de desabastecimento e crises econômica e institucional”.
“Ao negociar com a categoria dos caminhoneiros, o Governo Federal cedeu às exigências. Portanto, é hora de a categoria lembrar-se da sua responsabilidade com a sociedade, com o País. Os preocupantes impactos dessa greve prejudicam enormemente a população, não sendo admissível que interesses individuais ou de segmentos se sobreponham aos da nação”, afirmou a publicação.
Confira a carta na íntegra:
A Federação das Indústrias do Estado da Bahia e os 43 sindicatos empresariais filiados manifestam sua crescente apreensão com o atual momento do País. Os desdobramentos de uma das mais graves crises dos últimos tempos, cujo estopim foi a greve dos caminhoneiros no dia 21 de maio, está conduzindo o Brasil para um ambiente de tensão social, agravado por problemas de desabastecimento e crises econômica e institucional.
Ao negociar com a categoria dos caminhoneiros, o Governo Federal cedeu às exigências. Portanto, é hora de a categoria lembrar-se da sua responsabilidade com a sociedade, com o País. Os preocupantes impactos dessa greve prejudicam enormemente a população, não sendo admissível que interesses individuais ou de segmentos se sobreponham aos da nação.
Está claro que o ônus desse movimento é de todos os brasileiros. O acordo proposto pelo governo federal, certamente, implicará em aumento de impostos, atrelando a necessidade de novas fontes de recursos à aprovação do projeto de lei que prevê a reoneração da folha de pagamentos, outro duro golpe no setor produtivo, uma vez que deverá elevar os custos operacionais e dificultar novas contratações.
O Brasil não suporta mais aumento da carga tributária. Não é possível onerar ainda mais as famílias e os setores produtivos.
Ao contrário, é preciso avançar para uma reforma estrutural do sistema tributário brasileiro. É necessário implementar, de uma vez por todas, uma reforma tributária que reduza e simplifique a carga de impostos no Brasil, o que deve passar principalmente por instituir o IVA – Imposto sobre Valor Adicionado. A simplificação do sistema é o primeiro passo para tornar a cobrança de tributos mais justa.
É preciso avançar também com as reformas política, previdenciária e do Estado brasileiro, este muito maior que a sua economia. O País precisa dessas reformas estruturais, sem as quais a nossa economia jamais crescerá de forma sustentada.
Salvador, 29 de maio de 2018.