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Preservação do Rio São Francisco afasta problemas e contribui com a saúde da população
*Por Silvano Wanderley Ferreira.
Paulo Afonso: Saneamento básico, lixo, pisciculturas e a proliferação de baronesas no rio São Francisco
A Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco compreende 2.750 quilômetros de extensão, distribuídos em cerca de 500 municípios ribeirinhos. Um problema vem causando transtornos e diretamente afeta o leito desse manancial – as baronesas, plantas que alimentam-se de dejetos que são despejados na água.
De acordo com o ambientalista Silvano Wanderley, o problema dessas plantas é de esfera federal.
– O Rio São Francisco é um manancial em esfera nacional, pela representatividade que abrange a nível nacional. O que falta, na verdade, são políticas públicas de tratamento dos afluentes, ou seja, cuidar do saneamento básico dos municípios.
– A iniciativa tem que partir do Governo Federal, junto aos municípios que, de maneira integrada, podem encontrar a solução para o problema da poluição no Velho Chico. O Ibama tem um papel fundamental nesse processo que precisa ser encarado de frente. O que não pode é o município de Paulo Afonso, na ponta da corda, receber toda essa carga.
– O cuidado com o rio através da população também faz parte das ações de prevenção da qualidade da água. Cada cidadão, deve ter consciência da importância do São Francisco. Toda produção de lixo que vai para o leito, as pisciculturas que em muitos casos não dispõem de biólogos para que seja feito um estudo das condições da água, oxigenação e os cuidados com o rio. Todos esses fatores influenciam no aparecimento das plantas aquáticas.
– Tem que existir um caminho para a solução do problema e que ele precisa ser discutido entre os municípios que compõem o leito do rio na Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco.
– Desde o surgimento do problema, há cerca de um ano, a gestão municipal está empenhada em retirar as plantas aquáticas do Balneário Prainha, no canal PA IV. Homens e máquinas revezam-se diuturnamente para devolver a área de lazer ao seu molde natural. No ano passado, a Prefeitura de Paulo Afonso instalou um cabo de contenção das plantas para evitar que chegassem à margem do rio. O rompimento do cabo de contenção, numa provável ação de vândalos, fez com que as baronesas invadissem toda a área de banho. Para a retirada das baronesas, homens e máquinas estão realizando a limpeza para que o problema seja revertido.
*Silvano Wanderley Ferreira – Ambientalista
ASCOM/PMPA – Publicado no dia: 25-02-2019
Da Redação PAN