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Turismo & Economia: choro, prejuízo e lamento. No Balneário Prainha o movimento caiu 90%
Será que vamos voltar a ver a prainha, em Paulo Afonso, recebendo turistas de várias partes do país?
Baronesas tomam conta e escondem o rio São Francisco, em Paulo Afonso. Comerciantes que tiravam o sustento do turismo na prainha agora estão sem trabalhar. Segundo o presidente dos quiosques da prainha, o movimento caiu 90% no Balneário Prainha, o desemprego é a realidade do balneário. Das 150 pessoas que trabalhavam nos quiosques apenas 30 continuam empregadas.
O Balneário da Prainha, que já foi considerada o Caribe do sertão, tem um tapete verde, 200 km de rio, coberto de baronesas, que aumentam em 15% em uma semana. Paulo Afonso recebe esgoto de 500 municípios o que para alguns, significa que as plantas são um sinal de poluição. Mais para o especialista, professor Ruy da UNEB-Paulo Afonso, a proliferação nesse trecho do rio em Paulo Afonso não é o esgoto elas estão vindo do rio Moxotó em Alagoas, “ as baronesas estão altamente concentradas no rio Moxotó e pela hidrodinâmica do reservatório de Moxotó, é possível verificar que as concentrações de baronesas nas prainhas do município de Glória e de Paulo Afonso, são provenientes do rio Moxotó”. Esclarece o professor.
Uma única maquina e uma caçamba trabalham no local e retira por dia 140 caçambas cheias das plantas, mais isso não tem sido suficiente, elas se multiplicam muito rápido.
Segundo o presidente da associação de donos de quiosque de Paulo Afonso, Sr. Gaucho; “ tem pessoas, comerciantes da prainha, que dependem daqui, que vive única e exclusivamente daqui”. Emocionado e com lagrimas nos olhos, Sr. Gaucho desabafa; “se a gente desistir o que é que vai acontecer? Vão dizer que tá bom, vai virar mais um número, mais uma estatística”. Gaucho teve um prejuízo no ano passado de R$ 150, 000,00 Reais. Emocionado, Sr. Gaucho continua seu desabafo: “que é que a gente quer para o nosso futuro? Que é que voce vai deixar para seu filho? Você vai dizer eu tinha um rio, cadê hoje, hoje não tem, então é isso o que a gente quer? Com certeza acho que não é o que quero…para mim, para a geração futura…para meu filho…para neto”.
Seu Gilvan dono de um quiosque, lamenta a situação do comercio no balneário; “Não tenho para onde ir e não tenho outro tipo de renda, com filho pequeno vou fazer o que agora? ” Todos os funcionários de Sr. Gilvan foram demitidos.
O tapete de baronesas que está se formando no sub médio e no baixo São Francisco também já deixou 600 piscicultores no prejuízo.
Segundo o especialista, professor Ruy, de engenharia de pesca da UNEB – campus VIII, “a solução emergencial seria a retirada das plantas em áreas consideradas importantes para a sociedade e para a população local, agora, em um tempo posterior precisa fazer o manejo dessas baronesas, é preciso ter essas plantas em um local adequado, essas baronesas tem um importante papel filtrador nessas águas, elas têm que estar num local adequado, num lugar certo ”. Diz o professor.
Da Redação PANotícias, com globoplay.globo.com/TV Bahia, Jornal da Manhã