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Flican reúne autores de livros sobre Canudos e o sertão em mesas de conversa
Autores e pesquisadores reunidos para um bate-papo sobre a história de Canudos e o sertão. É isso que o público vai encontrar nas cinco mesas de conversa da 1º Feira Literária de Canudos, que acontecem nos três turnos dos próximos dias 22 e 23, no Espaço Edivaldo Boaventura. Entre os escritores mais esperados estão os baianos Aleilton Fonseca, Eldon Canário, Oleone Coelho Fontes e Manoel Neto. Outros conterrâneos consagrados que participarão dos encontros são o fotojornalista Evandro Teixeira, com imagens expostas em museus do Brasil e do exterior e autor do livro “Canudos 100 anos”, e o cineasta Antônio Olavo, que já realizou cinco documentários longa metragem de temas históricos ligados às experiências da população afro-descendente baiana, incluindo a saga de Canudos.
Dentre os assuntos que serão debatidos estão as características, representações e potencialidades de Canudos; o histórico de dificuldades e desigualdades e exemplos exitosos da região, além das experiências e saberes da cultura local mais relevantes no campo da literatura. Como a cidade já foi narrada, da história à ficção, e demais aspectos abordados pelos convidados em suas obras também farão parte dos momentos de troca de ideias. A programação completa, com os dias, horários e nomes dos outros convidados, está no site do evento: www.flican.com.br
Sobre alguns desses autores
Poeta, ficcionista, ensaísta e professor universitário, Aleilton é membro da Academia de Letras da Bahia e participa regularmente de eventos científicos no Brasil e no exterior. Pela Academia Brasileira de Letras, recebeu a Medalha Euclides da Cunha, como um dos destacados de livros e conferências sobre “Os Sertões”. Também já foi agraciado com a Medalha Camões, do Núcleo de Artes de Lisboa, bem como o Troféu Carlos Drummond de Andrade e a Comenda do Mérito Cultural, do Governo do Estado da Bahia.
Canário é membro das academias de Cultura da Bahia e de Letras e Artes de Salvador e passeia por diferentes gêneros – conto, crônica, romance, novela e ensaio. Já publicou nove livros, cinco deles dedicados a histórias em torno de sua Canudos, sua terra natal. Destaque para “Os mal-aventurados do Belo Monte – a tragédia de Canudos”, que conta a história de Antônio Conselheiro, desde a infância até a sua morte, considerada a melhor obra comemorativa do centenário do final da guerra, tendo sido comparada pelo historiador e escritor Oleone Coelho Fontes, profundo conhecedor da temática sertaneja, com o livro “A Guerra do Fim do Mundo”, de Mário Vargas Llosa.
Já o homenageado deste ano da festa literária da cidade vizinha de Uauá, Manoel Neto, é historiador, poeta, escritor e roteirista, além de coordenar o Centro de Estudos Euclydes da Cunha da Universidade do Estado da Bahia, sendo considerado uma das mais respeitadas autoridades acadêmicas da Bahia sobre a temática de Canudos. Já publicou diversos livros, dentre os quais “Corpo a Corpo”, “A Casa dos Sonetos e Outras Moradias” (poemas); “Cartilha Histórica de Canudos”; “Raros e Polêmicos – Documentos sobre Canudos”; “Malês 150 anos – O Outro Lado da História” e os “Os Intelectuais e Canudos”. Escreveu também vários roteiros para cinema e dirigiu filmes, a exemplo de “Vaqueiros Canudos”, “Feminino Cangaço” e o documentário “Assim era Dadá”.